À semelhança de todas as outras povoações beirãs, a Covilhã albergou uma judiaria no centro da povoação medieval que, à época da conversão dos judeus, se dividia em três núcleos e incluía uma sinagoga. Nesses anos dos finais do século XV habitavam na importante povoação serrana mais de 400 judeus, cujas actividades se dividiam entre ofícios artesanais, labores mercantis e profissões médicas.
Na cidade dos lanifícios, os judeus e cristãos-novos estiveram intimamente ligados ao desenvolvimento da indústria laneira, e alguns dos membros desta comunidade destacaram-se na empresa dos Descobrimentos, nomeadamente Mestre José Vizinho e Francisco Faleiro, renomados cosmógrafos covilhanenses.