Vale Carapito, situado a norte de Vilar Maior, a apenas 2 km da margem este do rio Côa e a 40 minutos do Sabugal, irá acolher a residência artística do artista contemporâneo brasileiro, Marcelo Moscheta. Todas as intervenções artísticas na paisagem serão feitas de elementos naturais que irão decair de forma natural. O festival Corredor das Artes assume-se como um evento inspirador, assim como um festival verdadeiramente sustentável integrado na natureza envolvente!
O Marcelo nasceu no Brasil, mas vive neste momento em Coimbra, onde está a tirar o seu doutoramento em Arte Contemporânea. Artista há 22 anos, os seus processos consistem em recolher elementos e imagens no terreno, reproduzi-los através de desenhos e fotografias e assim criar depois objetos e instalações artísticas.
Um passeio fotográfico à área de repovoamento de Vale Carapito que terá lugar no dia 2 de Julho às 10 horas e os bilhetes podem ser adquiridos aqui. Vale Carapito, no Grande Vale do Côa, apresenta um verdadeiro mosaico de habitats naturais, irrigados pelo rio Cesarão e a ribeira de Alfaiates.
Esta área situa-se no planalto da Meseta Ibérica, um território interior que "padeceu" do abandono das práticas agrícolas e pastoris e do êxodo rural durante diversas décadas.
Nesta paisagem renaturalizada, as marcas de um passado agrícola que culminou com o êxodo rural do século XX ainda podem ser testemunhadas. Paredes de pedra seca e ruínas de moinhos de água são agora atravessado por raízes de imponentes de grandes amieiros, freixos e várias espécies de carvalhos.
O Vale do Carapito é formado por uma paisagem semi-natural, constituída por prados e freixos nas zonas baixas, enquanto as encostas são ocupadas por jovens carvalhos. O rio Cesarão percorre e alimenta esta paisagem cada vez mais selvagem, atravessada por corços e javalis e, recentemente, também por alguns cavalos semi-selvagens da raça Sorraia.